sábado, 14 de junho de 2008

O verme

Parasitando sonhos
Sorrisos alheios
Talvez um gole
De realidade
Talvez precise
Apenas dormir

O verme

sábado, 5 de abril de 2008

Língua morta

Língua morta
Ainda sente
O gosto da carne

Língua morta
Ainda fere
Por não ter razão

Língua morta
Ainda beija
O amor em vão

Língua morta
Ainda sangra
A palavra aberta

Pois o que há
Para ser dito?
Quando amentira
Fala por si.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O Verbo

de pois de meses de jejum, volto a escrever alguma coisa, espero q seja um bom retorno.

O calor do corpo
Não queima
A dor no peito
Mata

O que há de bom?
Quem dá o tom?
Lavar as mãos?
O sangue está no coração

O verbo se fez escárnio
A raiva vestiu-se de você

A cabeça pesa
Pela culpa
O prazer paga
Pela vergonha

O que há além?
O que te faz bem?
Sorriso amarelo?
Abraço apertado?

O verbo se fez ordem
A raiva armou-se de você